sexta-feira, 26 de abril de 2013

Persuadir para viver


É persuadindo que se vive…

Estando envolvido numa conversa, todo o indivíduo tende a apresentar um ponto de vista em relação ao assunto tratado. E para que o seu ponto seja aceite, há necessidade de trazer para a conversa elementos convincentes, isto é, persuasivos.

Em toda acção existe sempre uma intenção, mesmo quando não está evidente. Por exemplo: se dois amigos são de partidos diferentes e conversam acerca dos mesmos, cada um vai trazer para a conversa argumentos que convençam o outro de que o seu partido é o melhor.

Parece fazer parte da natureza humana fazer com que as suas crenças e pontos de vista sejam aderidos por outras pessoas.

Caminhando pela cidade de Maputo, vemos vários painéis, diferentes cartazes: “Mcel, estamos juntos”; “Vodacom aproximando pessoas”, “MOVITEL- em todo o lado”, são todas redes de telefonia móvel, que através de seus cartazes, suas inúmeras publicidades, tentam persuadir os citadinos a aderirem aos seus serviços. Logo, terá sucesso a rede que mais cativar os cidadãos, o que não significa que seja a melhor. Tudo depende do poder da publicidade, da persuasão.

Numa entrevista de emprego, onde há muitos candidatos, é necessário que um candidato tenha em mente que deve convencer os entrevistadores de que tem potencial para ocupar um determinado cargo. É comum que um candidato não muito indicado para uma determinada posição seja bem sucedido em detrimento de um bom profissional, isso muitas vezes acontece pelo facto do primeiro ter apresentado argumentos convincentes durante a entrevista, o que fez com que os entrevistadores ficassem convencidos de que ele era o melhor candidato para a posição - "a eloquência faz a  diferença".

(In)felizmente, a sociedade é caracterizada por um  ambiente competitivo, por isso para se alcançarem determinados patamares deve-se ter sempre em conta que o poder de persuasão é de extrema importância em tudo que fazemos.

Uma dica para alcançar-se um determinado objectivo é: procurar ser distinto, fazer o que considera importante com empenho; estes são alguns aspectos que podem fazer com que os adiram ao que apresentamos.

  Fica esperto!

 

sexta-feira, 12 de abril de 2013

A Interdependência social

Uma sociedade é como uma selva (os mais fortes dependem dos mais fracos para sobreviverem); é como um ciclo; é como um labirinto, no qual os indivíduos diambulam em diferentes lugares acabando sempre no mesmo lugar. Quem nunca encontrou indivíduos conhecidos em lugares que nunca esperou encontrar?
Em lugares físicos (na rua; num restaurante, entre outros), em situações relacionais (laços distantes de familiaridade, etc) muitas vezes ficamos surpresos com as pessoas que vamos encontrando e a pergunta que as pessoas muitas vezes fazem é: “tu aqui?”. É incrível que ainda não tenhamos percebido que os indivíduos que compõem uma determinada sociedade estão interligados, interrelacionam-se, mesmo quando implicitamente.
Quando se fala em sociedade refere-se basicamente a indivíduos em interacção, o que significa que os indivíduos que compõem uma sociedade sempre interagem entre si.

Mas em que situações é evidenciada a interacção?
Um exemplo muito prático seria da interacção entre um empresário muito bem-sucedido e o seu empregado doméstico.
No grande público (pessoas comuns), o empresário é muitas vezes visto como alguém muito independente; alguém que “pode tudo” e infelizmente é comum que existam patrões que desvalorizem o trabalho dos seus subordinados, tratando-os com desrespeito...mas o que seria desse empresário sem o seu empregado?  
Imaginemos a casa do patrão suja, a loiça desorganizada, os seus carros sujos, os baldes de lixo transbordando, em fim todas as actividades, concernentes ao trabalhador, completamente abandonadas. O abandono dessas actividades pode trazer drásticas consequências na rotina do patrão.
Primeiramente ele sente-se desorganizado e por consequência disso a sua produtividade normal decresce. Pode surgir a questão: “o que uma coisa tem a ver com outra?”
O sucesso de qualquer indivíduo é alcançado a partir de aspectos que no dia-a-dia parecem ínfimos. Há coisas que “alguém” deve fazer por nós. Assim como o trabalhador obtém o seu salário através do patrão (dependência), o patrão também precisa dos serviços do trabalhador para que seja estável em termos de organização (dependência). Está-se perante uma relação de interdependência social (por outro lado também de troca social).
Os indivíduos acima descritos desempenham diferentes papéis (patrão e trabalhador), no entanto dependem um do outro e surge a troca social na medida em que há uma troca de serviços, cada um supre as necessidades do outro.
A interdependência verifica-se onde houver interacção: tendemos a nos afastar dos homens que fazem a recolha do lixo nas ruas da cidade, mas precisamos deles, a sua actividade é extremamente importante para a boa saúde da sociedade; os cobradores ( que fazem a recolha de dinheiro nos “chapas”) são muitas vezes desprezados, vistos como ignorantes, mas o que seria de nós sem eles? O sucesso do partido FRELIMO deve-se em parte a existência dos partidos da oposição, para provar que é o melhor partido deve sempre realizar acções que superem as dos outros em termos de apreciação do povo e não só. Esses são apenas alguns exemplos de que não importa o nível de escolaridade, todos têm um papel a desempenhar na sociedade. Por isso deve haver respeito para todos.

Ninguém caminha só, todos precisamos e dependemos um do outro, mesmo quando essa interdependência não é evidente!

   

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Psicologia na Sociedade




Imagino que após ter lido o título acima, apareça-lhe a questão: porquê Psicologia na sociedade.

Simples: este blog visa debruçar sobre a situação da psicologia na sociedade moçambicana, abrangendo aspectos como:
O conceito desta ciência no seu verdadeiro sentido e na vertente do senso comum;
Aplicação da Psicologia nos diversos sectores da sociedade; será que as instituições moçambicanas têm a necessidade desta área de conhecimento?

Como pode a Psicologia intervir na melhoria da sociedade?
Toda sociedade é constituída por problemas (e não só), os quais podem ser estudados e limados através de diferentes abordagens. Pretendo lançar o meu olhar de cidadã para ver psicologicamente o que acontece, como acontece e porquê acontece na nossa sociedade.

Muitos são os cidadãos que desempenham estes dois papéis na sociedade, o que não é muito fácil, visto que as duas actividades muitas vezes exigem um grande esforço por parte de quem as desempenha. Mas, porquê estar a desempenhar os dois papéis simultaneamente?

-As razões podem ser diversas, mas eu acredito que a principal seja a busca pela independência, principalmente no que concerne aos jovens. Por outro lado, é também a busca de desafios (os indivíduos sabem de antemão que a tarefa não é fácil, mesmo assim encaram-na); a necessidade de mostrar responsabilidade para si mesmo e para a sociedade; para além de saber tirar proveito das oportunidades que surgem ao longo da vida. São muitos os que desejam desempenhar o papel de estudante ou de trabalhador, mas que por diversas razões não o fazem, então quem tem essa oportunidade sente-se no dever de não a desperdiçar. É gratificante quando consegue-se ter resultados satisfatórios nas duas actividades (o que exige muito esforço), aumenta a autoconfiança e sente-se que se está preparado para actuar na melhoria da sociedade.

Esta foi uma breve introdução do blog e começa assim o lançamento do “olho do cidadão” para uma visão psicológica dos acontecimentos.

“Muitas vezes atribuímos julgamentos negativos aos diversos comportamentos que vivenciamos (na sociedade) no quotidiano, porém esquecemo-nos de questionar-nos em relação ao que pode ter originado o comportamento e principalmente se o nosso julgamento é ou não verídico”!!!