sexta-feira, 23 de agosto de 2013

A FACE DA FELICIDADE




"Chorei por não ter sapatos de marca, mas vi um homem agradecendo à Deus mesmo sem ter pés; queixo-me por Deus não me ter dado olhos azuis, mas vi um cego dando graças a Deus pela luz que ilumina um novo dia; fico com raiva quando me desloco a pé e me canso, mas vejo pessoas acelerando felizes nas suas cadeiras de rodas; ganho preguiça de levantar da cama, enquanto existem pessoas lutando para sair duma cama de hospital; parei para reflectir e vi que devemos agradecer à Deus por cada coisa que temos, seja ela nos momentos maus ou bons, pois existem pessoas passando por piores dificuldades nesta vida…”

 

Dou a mão à palmatória para o autor do trecho supracitado. Está-se num período da vida em que todo o indivíduo deseja o bem-estar, a satisfação da vida, mas como a felicidade envolve muita subjectividade, isto é, ela é alcançada de acordo com a percepção que cada indivíduo tem em relação ao ser feliz, ela torna-se vasta (multifacetada). A satisfação da vida provém de diferentes factores: há quem considera-se feliz porque é estável financeiramente, por outro lado a quem diz-se feliz por ter uma família, etc. Psicologicamente falando, é normal que as pessoas obtenham felicidade de diferentes fontes, afinal “cada pessoa é uma individualidade”. Porém, tem-se observado que a cada dia que passa as pessoas sinonimam a felicidade a coisas materiais e /ou ao que não têm, deixando de dar valor há muitos aspectos positivos de suas vidas. É como se as barreiras para o alcance da felicidade estivessem a ser plantadas.

Há necessidade de parar e reflectir em relação ao real significado de felicidade, será que ela está baseada no mundo materialista? Será que ela só é alcançada quando se pode ter o que não se tem? Porque que é que o sinónimo de felicidade não se torna – tudo que cada indivíduo possui?
 

Não quero com as questões acima dizer que até o que traz dor deve ser felicidade, mas que deve-se ter uma postura diferente em relação às situações/condições e acontecimentos da vida. Ninguém é totalmente desprovido de factos positivos de vida, “Deus dá o frio conforme o cobertor”. Desde que a vida é vida, viver significa vivenciar situações diversas agradáveis e por vezes dolorosas, querendo com isto dizer que sempre haverá uma pedrinha no sapato, então o bem-estar/ felicidade está nas mãos de quem vive. Não se deve ter receio de ser feliz mesmo fazendo face à problemas do quotidiano.

Saiba valorizar o que tem, poderia ser pior; não adie a felicidade; seja feliz a cada segundo!

Fica esperto!

terça-feira, 6 de agosto de 2013

UM GRITO DE INSATISFAÇÃO


 

O grito fez-se sentir a partir de uma das reportagens da soico televisão (STV), na qual uma cidadã teceu as seguintes palavras dirigidas ao chefe do estado (Armando Emílio Guebuza): “senhor Guebuza, se não quer Governar nos deixe em paz”!

Em toda uma história de governação de Moçambique, nunca antes verificou-se tanta fúria da população concernente ao governo, e em especial ao presidente da república. Este cenário leva-nos às seguintes questões:

·         O que é que está a falhar na presente governação?

·         Porque é que diariamente verificam-se cada vez mais grupos sociais insatisfeitos com o estado de governação do país?

Mesmo sem poder avançar com as respostas às questões, algo é certo: a população de Maputo, e de Moçambique em geral, está insatisfeita! É verdade que num sistema de governação nem todos julgam plausível o trabalho levado a cabo pelos dirigentes do país, mas tudo torna-se alarmante quando muitos grupos da sociedade manifestam tal insatisfação.

A senhora supra citada libertou um sentimento que parece caracterizar muitos cidadãos. O que se pode esperar de um país no qual o governo e o povo ocupam mundos tão  distintos? Armando Guebuza é tido como culpado por todos os males que assolam a população. Se numa determinada zona há falta de água, o povo diz: “estamos cansados de Guebuza”, se o índice de criminalidade é elevado, o povo só fala de Guebuza. É o chefe máximo, mas ele não governa sô, no entanto é o único culpabilizado pelos males que ocorrem na nossa sociedade.

 

Por um lado, o presidente como pessoa individual pode não ser directamente culpado pelo estado da nação e por outro lado, a população tem a sua razão considerando Guebuza como o único culpado, foi o homem por ela escolhido, aquele ao qual o povo Moçambicano decidiu entregar em mãos o destino desta pátria.

Mas, se está evidente para todos que existe um ponto falho na actual governação, porque é que o governo não põe em prática acções que visem mudar o actual cenário?

Discursos de combate a pobreza, e mais, são muitos e quase sempre promissores, mas na prática pouco visualizam-se.

Não objectivo com este artigo fechar os olhos aos feitos do actual governo, mas sim clamar por um melhor estado da nação, porque do jeito que os acontecimentos desenrolam-se, o futuro deste país fica supostamente comprometido.

 Fica esperto!