O grito fez-se sentir a partir de uma das reportagens da soico televisão (STV), na qual uma cidadã teceu as seguintes palavras
dirigidas ao chefe do estado (Armando Emílio Guebuza): “senhor Guebuza, se não
quer Governar nos deixe em paz”!
Em toda uma história de governação de Moçambique, nunca
antes verificou-se tanta fúria da população concernente ao governo, e em
especial ao presidente da república. Este cenário leva-nos às seguintes
questões:
·
O
que é que está a falhar na presente governação?
·
Porque
é que diariamente verificam-se cada vez mais grupos sociais insatisfeitos
com o estado de governação do país?
Mesmo sem poder avançar com as respostas às questões,
algo é certo: a população de Maputo, e de Moçambique em geral, está
insatisfeita! É verdade que num sistema de governação nem todos julgam
plausível o trabalho levado a cabo pelos dirigentes do país, mas tudo torna-se
alarmante quando muitos grupos da sociedade manifestam tal insatisfação.
A senhora supra citada libertou um sentimento que parece
caracterizar muitos cidadãos. O que se pode esperar de um país no qual o
governo e o povo ocupam mundos
tão distintos? Armando Guebuza é tido como
culpado por todos os males que assolam a população. Se numa determinada zona há
falta de água, o povo diz: “estamos cansados de Guebuza”, se o índice de criminalidade
é elevado, o povo só fala de Guebuza. É o chefe máximo, mas ele não governa sô,
no entanto é o único culpabilizado pelos males que ocorrem na nossa sociedade.
Por um lado, o presidente como pessoa individual pode não
ser directamente culpado pelo estado da nação e por outro lado, a população tem
a sua razão considerando Guebuza como o único culpado, foi o homem por ela
escolhido, aquele ao qual o povo Moçambicano decidiu entregar em mãos o destino
desta pátria.
Mas, se está evidente
para todos que existe um ponto falho na actual governação, porque é que o
governo não põe em prática acções que visem mudar o actual cenário?
Discursos de combate a pobreza, e mais, são muitos e
quase sempre promissores, mas na prática pouco visualizam-se.
Não objectivo com este artigo fechar os olhos aos feitos
do actual governo, mas sim clamar por um melhor estado da nação, porque do
jeito que os acontecimentos desenrolam-se, o futuro deste país fica
supostamente comprometido.
Sem comentários:
Enviar um comentário