terça-feira, 6 de agosto de 2013

UM GRITO DE INSATISFAÇÃO


 

O grito fez-se sentir a partir de uma das reportagens da soico televisão (STV), na qual uma cidadã teceu as seguintes palavras dirigidas ao chefe do estado (Armando Emílio Guebuza): “senhor Guebuza, se não quer Governar nos deixe em paz”!

Em toda uma história de governação de Moçambique, nunca antes verificou-se tanta fúria da população concernente ao governo, e em especial ao presidente da república. Este cenário leva-nos às seguintes questões:

·         O que é que está a falhar na presente governação?

·         Porque é que diariamente verificam-se cada vez mais grupos sociais insatisfeitos com o estado de governação do país?

Mesmo sem poder avançar com as respostas às questões, algo é certo: a população de Maputo, e de Moçambique em geral, está insatisfeita! É verdade que num sistema de governação nem todos julgam plausível o trabalho levado a cabo pelos dirigentes do país, mas tudo torna-se alarmante quando muitos grupos da sociedade manifestam tal insatisfação.

A senhora supra citada libertou um sentimento que parece caracterizar muitos cidadãos. O que se pode esperar de um país no qual o governo e o povo ocupam mundos tão  distintos? Armando Guebuza é tido como culpado por todos os males que assolam a população. Se numa determinada zona há falta de água, o povo diz: “estamos cansados de Guebuza”, se o índice de criminalidade é elevado, o povo só fala de Guebuza. É o chefe máximo, mas ele não governa sô, no entanto é o único culpabilizado pelos males que ocorrem na nossa sociedade.

 

Por um lado, o presidente como pessoa individual pode não ser directamente culpado pelo estado da nação e por outro lado, a população tem a sua razão considerando Guebuza como o único culpado, foi o homem por ela escolhido, aquele ao qual o povo Moçambicano decidiu entregar em mãos o destino desta pátria.

Mas, se está evidente para todos que existe um ponto falho na actual governação, porque é que o governo não põe em prática acções que visem mudar o actual cenário?

Discursos de combate a pobreza, e mais, são muitos e quase sempre promissores, mas na prática pouco visualizam-se.

Não objectivo com este artigo fechar os olhos aos feitos do actual governo, mas sim clamar por um melhor estado da nação, porque do jeito que os acontecimentos desenrolam-se, o futuro deste país fica supostamente comprometido.

 Fica esperto!

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